ESPUMAS ACÚSTICAS

29/01/2013 19:45

É inevitável não ver ou não ouvir ao ligar a TV,o rádio ou ler nos jornais,redes sociais ou qualquer outro veículo de informação a respeito da tragédia ocorrida no último final de semana em Santa Maria-RS. A tristeza é geral, mesmo não tendo parentes ou conhecidos não tem como não se emocionar. 

A respeito disso, trago um artigo sobre espumas acústicas, a qual pode ter sido a principal fonte da fumaça que asfixiou grande parte dos jovens causando-lhes o óbito. Fica de informação. 

Que Deus conforte as famílias!!!

 

SOBRE O EPS

EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido, este plástico celular rígido foi descoberto pelos químicos Fritz Stastny e Karl Buchholz quando trabalhavam nos laboratórios da Basf na Alemanha.
O poliestireno é constituído por uma cadeia de polímeros (estireno) formada pelo carbono. O termo expandido refere-se à expansão sofrida pelas cápsulas de estireno - pérolas de 0,4 a 2,5 mm de diâmetro, podendo ser ampliadas até 50 vezes, quando em uma câmara hermeticamente fechada e aquecida, aplicando-se o vácuo. As cápsulas expandem-se e moldam-se ao recipiente em que foram colocadas e como este recipiente está sob calor, suas esferas expandidas aderem-se umas às outras, formando um objeto leve e com relativa dureza. Nasce então, o poliestireno expandido.

Sem estar em um recipiente de molde, as cápsulas transformam-se em esferas soltas que são utilizadas para enchimento e nos mais diversos tipos de acondicionamento para transporte.

Expandidas, as pérolas são constituídas de até 98% de ar e apenas 2% de poliestireno. Em 1m³ de EPS expandido, por exemplo, existem de 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar.

Os produtos finais de EPS são inodoros, não contaminam o solo, água e ar. São 100% reaproveitáveis, recicláveis e podem voltar à condição de matéria-prima.

EPS tem inúmeras aplicações: em embalagens industriais, artigos de consumo (caixas térmicas, pranchas, bolas etc.), decoração (chapas deEPS, sancas, etc.), na agricultura e na construção civil.

É comprovadamente um material isolante, sem ele os países mais evoluídos não construiriam de modo atualizado e econômico, visando a economia de energia.

Nos últimos anos esse material ganhou uma posição estável na construção civil, não apenas por suas características isolantes mas também por sua leveza, resistência, facilidade de manuseio e baixo custo.
Os sistemas construtivos em EPS são atualmente o que há de mais avançado na construção civil na Europa, Estados Unidos e Canadá, onde sua aplicação alcança índices de crescimento acima do normal para economias estáveis como os países do primeiro mundo. Sistemas monolíticos, ICF (Insulating Concrete Forms), SIP (Strutural Insulating Panels) são soluções para a construção civil moderna, preocupada com o meio ambiente, redução de custos, racionalização de energia, além de conforto térmico acústico dos usuários.
Em um recipiente de molde, o poliestireno expandido toma a forma que nossa imaginação desejar. Sua forma pode ser de placas planas, tão conhecidas nas forrações de escritórios até peças de encaixe para acondicionamento de produtos, como eletrodomésticos e motores. Neste mercado o poliestireno expandido é perfeito, pois é leve, absorve choques mecânicos, facilita o transporte e reduz o espaço físico para armazenamento e seu custo é baixo.

Com o avanço da tecnologia o poliestireno expandido cada vez mais faz parte das nossas vidas. Atualmente, está sendo utilizado na substituição da cerâmica da laje de concreto, sob a forma de caixão perdido e formas para concreto. Aos poucos esta tecnologia está revolucionando a construção civil, facilitando a edificação, pois é muito mais leve (98% do seu volume é constituído de ar), além de ser térmico, ter alta resistência à compressão, à vibração mecânica e baixa absorção de umidade. Mas o grande atrativo está na queda dos custos para edificação de uma laje, seja ela de cobertura ou piso.

Com corpos moldados com densidades diferentes (20 a 25 kg/m3), podemos ampliar ainda mais utilização do poliestireno expandido, como pallets de armazenamento e acondicionadoras de alimentos para transporte e armazenagem.

Sob o ponto de vista ecológico, o poliestireno expandido atende as regulamentações governamentais quanto à segurança e saúde. O EPS é um plástico celular rígido, resultante da polimerização do estireno em água. Em seu processo produtivo não se utiliza e nunca se utilizou o gás CFC ou qualquer um de seus substitutos. Como agente expansor para a transformação do EPS, emprega-se o pentano, um hidrocarbureto que se deteriora rapidamente pela reação fotoquímica gerada pelos raios solares, sem comprometer o meio ambiente.
A propriedade mais importante do EPS é a sua capacidade de resistir à passagem do calor. Tal característica deve-se à sua estrutura celular, que é constituída por muitos milhões de células fechadas com diâmetros de alguns décimos de milímetro e com paredes de 1 mm. Esta espuma é composta aproximadamente por 2% de poliestireno e 98% de ar. O fator decisivo para a boa capacidade de isolamento térmico do EPS é o de manter, permanentemente, uma grande quantidade de ar, quase imóvel, dentro das suas células.

A capacidade de isolamento térmico é expressa no Coeficiente de Condutividade Térmica (CCT), habitualmente medido em [W/m°C]. Um coeficiente menor denota uma capacidade de isolamento térmico superior. Note-se, que para obter um efeito isolante numa aplicação construtiva, além do CCT o outro fator determinante é a espessura da camada isolante utilizada.

As propriedades mecânicas mais importantes do EPS relacionam-se com as condições de manuseio e aplicação. São a resistência à compressão, a resistência à flexão, a resistência à tração e a fluência sob compressão.

Os valores da resistência estão relacionados principalmente com a densidade do EPS. De uma maneira geral, os valores aumentam de uma maneira linear com a densidade.

EPS não é higroscópico, ou seja, não absorve a umidade do ar. Quando imerso em água o EPS absorve apenas pequenas quantidades de água. Devido à sua estrutura de células fechadas e o fato das paredes das células serem impermeáveis à água, esta fica retida nos poucos espaços entre as células. Isso significa que o EPS volta a secar facilmente, sem perder qualquer das suas propriedades e que os valores de absorção de água diminuem com o aumento da densidade.

Não é conhecido o limite de idade do EPS. Os estudos realizados sobre as soluções construtivas atuais com EPS confirmam esta afirmação. No entanto, suas propriedades impõem a sua correta aplicação para que seja garantido um desempenho adequado ao longo do tempo.

Deverá ser tomada em conta a radiação solar direta, bem como outros tipos de radiações ricas em energia que deterioram o EPS por alterarem a sua estrutura química. Este processo é, porém, lento e dependente da intensidade de radiação e do tempo de exposição. Em conjunto, as radiações e as intempéries aceleram o processo deterioração.

Portanto, devemos evitar aplicações em que o EPS fique exposto à radiação solar direta, não se verificando, contudo, deterioração no caso da radiação solar ser difusa. A estrutura celular do EPS também é danificada por solventes ou vapores destes.

EPS é compatível com a maioria dos materiais atualmente utilizados na construção civil. Vale notar, no entanto, que é sensível a alguns materiais que contenham solventes. Nestes casos terá de se evitar o contato ou exposição a vapores destes materiais. A estrutura celular é danificada pelos solventes sendo este processo acelerado com temperaturas elevadas.

EPS não apodrece nem ganha bolor, não é solúvel em água nem libera substâncias para o ambiente. Até hoje, não foi observado qualquer efeito prejudicial para a saúde, sendo inclusive, utilizado em grande escala como embalagens para alimentos.

Também não constitui substrato ou alimento para o desenvolvimento de animais ou microrganismos. Em caso de um grande acúmulo de sujeira sobre uma placa, poderão surgir bolores que, no entanto, não afetarão oEPS.

EPS pode ocasionalmente ser atacado por roedores ou outros animais. Por isso, é necessário prever revestimentos que impeçam o acesso desses animais.

EPS é um produto sintético proveniente do petróleo e deriva da natureza, tal como o vidro, a cerâmica e os metais. Ao longo de todo o ciclo de vida sua utilização como isolamento térmico tem um impacto positivo sobre o Meio Ambiente.

Quimicamente, o EPS consiste de só dois elementos, o carbono e o hidrogênio. Não contém qualquer produto tóxico para o ambiente e camada de ozônio (está isento de CFCs). O gás contido nas células é o ar.

Por se tratar de um plástico e ser muito leve, o processo de fabricação consome pouca energia e gera pouquíssimos resíduos sólidos ou líquidos. O gás expansor incorporado na matéria prima (o poliestireno expansível) é o pentano.

A sua utilização como isolamento térmico permite poupar energia que, durante a vida útil da construção, pode chegar a ser centenas de vezes superior à energia consumida durante a sua fabricação. Esta poupança de energia significa que, além preservar os recursos energéticos, o uso deEPS reduz a emissão dos gases poluentes e dos gases que contribuem para o efeito estufa na atmosfera.

O EPS é 100% reciclável nas seguintes formas:
Mecânica - pode ser transformado em matéria prima para a fabricação de novos produtos.
Energética - para recuperação e geração de energia, devido ao alto poder calorífico.
Química - para obtenção de óleo e gases.
EPS, como qualquer material, dilata e contrai em função da variação da temperatura a que estiver sujeito.

A dilatação térmica linear pode ser importante em algumas aplicações tal como, por exemplo, em câmaras frigoríficas e no isolamento térmico pelo exterior, tendo de ser levada em consideração nas soluções construtivas a adotar. Nestes casos recorre-se a utilização de placas de EPS com dimensões faciais mais reduzidas.

Em comum com os outros materiais plásticos, o EPS é um material combustível.

EPS não inflamável (Tipo F), ocasionalmente denominado "auto-extinguível" ou "retardante a chama", contém ainda um inibidor de combustão. Em contato com uma chama contrai, dificultando a sua ignição. Só após uma exposição prolongada à chama é que se pode dar a ignição do material, embora a propagação da chama seja sempre muito limitada.

É de salientar que para a avaliação da contribuição do EPS em caso de incêndio, é mais importante aferir o comportamento do conjunto dos materiais componentes da construção e a sua composição, o que vem determinar a sua eventual contribuição para o risco em caso de incêndio.

De um modo geral, quando colocado em construções deverá ser revestido por camadas de materiais não combustíveis. Sempre que não for revestido por materiais incombustíveis e resistentes ao fogo, deverá ser do tipo F, ou seja, não inflamável.

Nestas situações o produto não constitui qualquer risco suplementar de incêndio para uma construção, devido à sua baixa densidade e devido ao fato de não ser inflamável não propagando a chama. Deve-se levar em conta os revestimentos ou colas das camadas de EPS que podem alterar a reação ao fogo do material.

O produto da combustão do EPS é um fumo negro, desde que haja ar suficiente. Em muitas aplicações ele não se encontra exposto às chamas, e geralmente não entra em combustão enquanto não se der a inflamação generalizada (flashover). A libertação de gases depende da possibilidade de contato com o ar.

Testes biológicos sobre a toxicidade dos gases gerados pela combustão do EPS revelaram que o único agente tóxico é o monóxido de carbono. O risco para a saúde deste gás é, no entanto, diminuto em comparação com os gases liberados pela combustão de outros materiais habitualmente presentes nas construções.

 

fonte: https://www.soisopor.com.br/eps.asp